Deixemos de lado os tratados de estética: uma nossa senhora diminuta com oferendas a seus pés. Seu olhar parece morto, mesmo assim ela oferece proteção. Olhar para ela e depois para a estrada é um convite para colocarmos a vida em movimento, entre as escalas das miniaturas contorcidas e o horizonte que se abre mais e mais junto com a velocidade. Depois do horizonte, diz o mito, jaz a verdade, onde o que existe é íntegro em si mesmo. Mas, viajemos por aqui, entre essas árvores, onde a história acontece, cheia de sutilezas, de desencontros, de promessas nunca realizadas mas que são belezas em si mesmas.
Daniel Faria