Cerrado

O Cerrado

Cerrado é um bioma que ocupa cerca de 22% do território nacional, abrangendo os estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, partes menores em São Paulo, Paraná, Maranhão, Piauí e pequenas manchas no Amazonas, Roraima, Paraná e Rondônia. A fisionomia característica desta região é constituída por árvores e arbustos tortuosos, geralmente espaçados e que tem entre 3 e 10m de altura. As árvores e arbustos apresentam também troncos de cortiça espessa e folhas coriáceas. Quanto ao clima, pode-se dizer que é tropical, com precipitações anuais acima de 1000mm. Há no cerrado duas estações climáticas distintas: inverno seco, apresentando elevada deficiência de água (maio - setembro) e verão chuvoso onde ocorre aproximadamente 90% da precipitação anual (outubro - março). O solo do cerrado, em geral, é antigo, intemperizado, ácido, profundo e possui alta concentração de alumínio que causa toxidez às plantas, inibindo o seu crescimento e levando-o a apresentar semelhanças com a caatinga. Sendo assim, devemos associar a fisionomia semi-árida da vegetação do cerrado não à deficiência de água - uma vez que suas raízes chegam à 18m de comprimento para alcançar o lençol freático e suprir a necessidade hídrica durante a estação seca - mas sim, ao solo, que não possui os nutrientes necessários à síntese de proteínas.





Degradação
O Cerrado foi ocupado durante décadas para pecuária extensiva. Somente a partir da década de 70, iniciou-se no Brasil a ocupação efetiva do Cerrado, que visava a plantação de monoculturas como a soja para exportação. Incentivada pelo governo federal, tal ocupação foi realizada sem a ordem necessária, o que causou e causa, ainda hoje, problemas na biodiversidade do Cerrado. Com a ampliação dos trabalhos agrícolas - como a implantação de grandes fazendas destinadas à moderna produção agrícola e a inserção de novas tecnologias de forma descontrolada - esse bioma tem sofrido enormes danos: desmatamento das árvores originais, erosão, contaminação do lençol freático pelo uso de agrotóxicos, queimadas, assoreamento de rios pela destruição da mata ciliar, que deixa de reter sujeiras, etc. A degradação, em geral, causa alterações irreversíveis no bioma, que vai perdendo suas características originais. E para tornar a situação mais crítica, os órgãos governamentais não tomam medidas enérgicas para frear a ocupação desordenada, que até hoje vem correndo. Portanto, é necessário que o homem perceba que está pondo em risco a sobrevivência das futuras gerações. Por isso, é importante começar a pensar o seu atual conceito de exploração, para que os recursos naturais tenham a sua utilização aliada a reserva ambiental.




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